A luxação da patela é uma condição que ocorre quando esta estrutura se desloca de sua posição normal, causando dor intensa e instabilidade no joelho.
Esse problema pode surgir devido a traumas diretos, alterações anatômicas ou sobrecarga da articulação, sendo mais comum em atletas e pessoas com predisposição genética.
Neste artigo, vamos explorar as principais opções terapêuticas para a luxação patelar, garantindo uma recuperação eficaz e a prevenção de novos episódios.
Acompanhe!
O que é a luxação na patela?
A luxação da patela ocorre quando a rótula, ou patela, se desloca de sua posição normal no sulco troclear do fêmur, comprometendo a articulação do joelho.
Esse deslocamento pode ser parcial ou completo, resultando em dor intensa, inchaço e dificuldade para movimentar o joelho.
Geralmente, a patela se desloca devido a uma combinação de contração do músculo quadríceps com movimentos de flexão e rotação do joelho.
Quais são as principais causas dessa condição?
A luxação da patela, ou rótula, pode ocorrer devido a diversos fatores que comprometem a estabilidade do joelho.
Entre as principais causas, destacamos:
- Traumas diretos: impactos ou pancadas diretamente na região do joelho podem deslocar a patela de sua posição normal;
- Fatores anatômicos: características como joelho valgo acentuado (formato em “X”), frouxidão ligamentar e displasia patelar (má formação da patela ou de seu sulco) aumentam a predisposição para a luxação;
- Patela alta: quando a patela está posicionada mais acima do que o normal, devido a um tendão patelar mais longo, o encaixe ósseo é reduzido, facilitando o deslocamento;
- Ativação muscular descoordenada: desequilíbrios na ativação dos músculos do quadril, joelho e tornozelo podem contribuir para a instabilidade patelar;
- Atividades esportivas de alto impacto: esportes que envolvem movimentos bruscos e rotacionais, como futebol, basquete e ginástica, aumentam o risco de luxação da patela.
Quais são os sintomas dessa condição?
A luxação da patela manifesta-se por diversos sintomas, confira abaixo:
- Dor no joelho: ocorre imediatamente após o deslocamento da patela, dificultando a movimentação da articulação;
- Inchaço (edema): é comum nas primeiras 24 a 48 horas após a lesão, resultante de inflamação local;
- Sensação de instabilidade ou falseio: o indivíduo pode sentir que o joelho está “falhando” ou prestes a se deslocar novamente, especialmente ao caminhar ou mudar de direção;
- Apreensão patelar: sensação de insegurança ao movimentar o joelho, mesmo sem a patela se deslocar visivelmente;
- Dificuldade ou incapacidade de estender o joelho: a luxação pode limitar a extensão completa da perna, afetando atividades cotidianas;
- Deslocamento visível da patela: em alguns casos, a patela permanece deslocada lateralmente, sendo perceptível uma deformidade na região do joelho.
É importante ressaltar que, após uma luxação, a patela pode retornar espontaneamente à sua posição original, mas os sintomas, como dor e inchaço, continuam.
Além disso, lesões associadas, como danos à cartilagem articular, podem ocorrer, levando a outros tipos de complicações.
Como realizamos o diagnóstico da luxação na patela?
Iniciamos o diagnóstico da luxação da patela com uma avaliação clínica detalhada, onde investigamos o histórico do paciente, incluindo episódios anteriores de luxação.
Então, durante o exame físico, realizamos testes para avaliar a mobilidade da patela e a estabilidade da articulação.
Um dos testes comuns é o da apreensão patelar, quando aplicamos pressão lateral na patela para verificar se há desconforto ou sensação de que a patela pode se deslocar novamente.
Além disso, para complementar o diagnóstico, costumamos solicitar exames de imagem.
Radiografias simples podem identificar desalinhamentos ósseos ou fraturas associadas.
A tomografia computadorizada é útil para avaliar a anatomia óssea detalhadamente, identificando possíveis fatores predisponentes para a luxação.
Já a ressonância magnética é essencial para detectarmos lesões de tecidos moles, como rupturas ligamentares ou danos à cartilagem articular.

Como realizamos o tratamento dessa condição?
O tratamento da luxação da patela depende da gravidade da lesão e da frequência dos episódios.
Inicialmente, buscamos realinhar a patela manualmente.
Após a redução, recomendamos imobilizar o joelho por aproximadamente quatro semanas, permitindo o apoio do membro afetado com o auxílio de muletas.
A fisioterapia é essencial nesse período, visando fortalecer a musculatura da coxa e do quadril, melhorando a estabilidade articular.
Porém, em casos de luxações recorrentes ou quando há lesões associadas, como fragmentos ósseos destacados ou desalinhamento persistente da patela, podemos indicar a cirurgia do joelho.
Nesse sentido, é comum a realização da reconstrução do ligamento patelofemoral medial, responsável por manter a patela em sua posição adequada.
Podemos também considerar outras técnicas cirúrgicas, como a liberação lateral ou a osteotomia da tuberosidade da tíbia, conforme a necessidade individual do paciente.
Ressaltamos que a decisão entre tratamento conservador ou cirúrgico deve ser individualizada, levando em conta fatores como a presença de anormalidades anatômicas, nível de atividade física e expectativas do paciente.
Então, em caso de suspeita de luxação na patela, agende uma consulta com o especialista em joelho.
Uma avaliação criteriosa é fundamental para determinar a abordagem terapêutica mais adequada!