Luxação no joelho: a cirurgia é necessária?

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A luxação no joelho é uma lesão grave que ocorre quando os ossos da articulação do joelho perdem seu alinhamento.

Essa condição pode causar dor extrema, deformidade visível, inchaço e instabilidade, além de representar risco a diversas estruturas.

Assim, a decisão de optar pela cirurgia depende de diversos fatores, como a gravidade da lesão, os danos aos ligamentos e vasos sanguíneos, e a resposta do paciente ao tratamento inicial.

Neste texto, vamos analisar as circunstâncias que determinam quando a cirurgia se torna indispensável e como ela pode contribuir para a recuperação e o retorno à funcionalidade do joelho.

Acompanhe!

O que é uma luxação no joelho?

Uma luxação no joelho é uma lesão grave em que os ossos que compõem a articulação do joelho, principalmente o fêmur, a tíbia e, em alguns casos, a patela, perdem seu alinhamento normal.

Além disso, a luxação pode envolver o rompimento de ligamentos do joelho, além de danos a estruturas adjacentes, como vasos sanguíneos, nervos e tecidos moles.

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É importante citar que essa lesão é considerada uma emergência médica porque pode comprometer o fluxo sanguíneo para a perna ou causar danos permanentes nos nervos.

Quais são os tipos de luxação no joelho?

Os tipos de luxação no joelho podem ser classificados com base na direção do deslocamento dos ossos da articulação.

Confira abaixo as principais categorias de luxação:

  • Luxação anterior: ocorre quando a tíbia é deslocada para frente em relação ao fêmur;
  • Luxação posterior: caracteriza-se pelo deslocamento da tíbia para trás em relação ao fêmur;
  • Luxação medial: a tíbia se desloca para o lado interno do corpo;
  • Luxação lateral: a tíbia se desloca para o lado externo do corpo;
  • Luxação rotacional: a articulação sofre um deslocamento com torção, podendo envolver combinações de deslocamentos laterais e anteroposteriores.

Quais são as causas mais comuns de luxação no joelho?

Entre as causas mais comuns de luxação no joelho podemos citar:

  • Trauma direto: impactos na articulação do joelho, como em acidentes de carro ou moto, quedas graves ou colisões durante atividades esportivas de contato, podem levar à luxação.;
  • Lesões esportivas: esportes que envolvem movimentos bruscos, torções ou contato físico intenso, como futebol, rugby ou artes marciais, aumentam o risco de luxação do joelho;
  • Condições médicas preexistentes: doenças que afetam as articulações podem predispor o indivíduo a luxações devido à frouxidão ligamentar;
  • Frouxidão ligamentar: pessoas com ligamentos mais frouxos ou articulações mais flexíveis estão mais propensas a sofrer este tipo de lesão.

Quais são os sintomas de uma luxação no joelho?

Os sintomas de uma luxação no joelho podem incluir:

  • Dor no joelho: uma dor aguda e constante é sentida no momento da luxação e pode persistir;
  • Deformidade visível: o joelho pode parecer fora do lugar ou apresentar uma forma anormal;
  • Inchaço e hematomas: o joelho incha rapidamente devido à inflamação e ao acúmulo de sangue na articulação. Hematomas também podem aparecer ao redor do local lesionado;
  • Instabilidade articular: sensação de que o joelho está “solto” ou incapaz de sustentar peso;
  • Perda de mobilidade: movimentos do joelho tornam-se extremamente limitados ou impossíveis devido à dor e ao desalinhamento;
  • Dormência ou formigamento: indicativo de lesão nos nervos ao redor do joelho;
  • Ausência de pulsação na perna: pode ocorrer devido a lesões nos vasos sanguíneos, o que pode comprometer a circulação sanguínea.

Quais exames ou métodos usamos para diagnosticar a luxação?

Para diagnosticar a luxação no joelho, verificamos o histórico do trauma e os sintomas apresentados pelo paciente.

Durante o exame físico, é essencial avaliar a presença de sinais de lesão vascular e possíveis danos neurológicos, como dormência ou fraqueza muscular.

Então, para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão dos danos, precisamos solicitar exames de imagem.

Dessa forma, radiografias são realizadas para identificar o desalinhamento articular e verificar fraturas associadas.

Já em casos mais complexos ou quando há suspeita de lesões nos tecidos moles, utilizamos a ressonância magnética, pois fornece imagens detalhadas da articulação e das estruturas adjacentes.

Além disso, a tomografia pode ser indicada para mapear fraturas ou deslocamentos em maior detalhe.

Por fim, se houver suspeita de lesão vascular, podemos solicitar uma angiografia por tomografia ou Doppler arterial para avaliar o fluxo sanguíneo.

 

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Como é feito o tratamento de uma luxação no joelho? Em que situações a cirurgia é necessária?

O tratamento de uma luxação no joelho começa com medidas de emergência.

O primeiro passo é estabilizar o paciente, reduzir a dor e reposicionar os ossos desalinhados por meio de uma manobra de redução, geralmente realizada sob sedação ou anestesia.

Após a redução, imobilizamos o joelho temporariamente, e exames de imagem nos ajudam a avaliar possíveis lesões associadas.

A cirurgia será necessária quando há ruptura completa de ligamentos que comprometa a estabilidade da articulação, lesões nos vasos sanguíneos ou graves danos nos nervos.

Também indicamos o procedimento quando há fraturas associadas que exigem fixação ou se a redução da luxação não for eficaz por meio de manobras manuais.

Além disso, em pacientes com instabilidade crônica ou luxações recorrentes, a cirurgia pode ser necessária para reconstrução ligamentar.

Após o tratamento inicial, seja conservador ou cirúrgico, encaminhamos o paciente para um programa de reabilitação com fisioterapia para recuperar a mobilidade, força e funcionalidade do joelho.

Como será a recuperação do paciente?

A recuperação do paciente após uma luxação no joelho deve ser cuidadosamente planejada.

O foco principal da reabilitação será proteger o reparo cirúrgico, fortalecer o quadríceps e recuperar a mobilidade completa do joelho.

Durante o processo de recuperação, é fundamental evitar a hiperextensão do joelho nas primeiras semanas e prevenir a contratura dos músculos flexores.

A fisioterapia é essencial para recuperar a mobilidade, estabilizar a articulação e prevenir futuras lesões. 

Inicialmente, o foco será na redução da dor, controle do inchaço e no restabelecimento da amplitude de movimento do joelho. Em etapas mais avançadas, serão trabalhados o fortalecimento muscular e a melhora do equilíbrio e da coordenação.

O tempo necessário para retomar as atividades cotidianas pode variar, mas, em geral, isso ocorre entre 2 a 3 meses de reabilitação, dependendo da gravidade da lesão e da resposta ao tratamento. 

Para retornar à prática de esportes, o prazo é maior, podendo levar de 6 a 12 meses, especialmente em casos que envolvam lesões ligamentares associadas ou cirurgias reconstrutivas.

É importante que o paciente siga todas as orientações médicas e do fisioterapeuta para garantir uma recuperação completa e segura. 

Reforçamos que o acompanhamento do especialista é essencial durante todo o processo para prevenir complicações como rigidez articular ou instabilidade persistente.

 

Como vimos, a luxação do joelho é uma lesão grave que requer atenção imediata.

Após sofrer a luxação e receber o atendimento inicial, agende uma consulta com o ortopedista especialista em joelho para receber um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível!

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Dr Lucas Cordeiro

Dr. Lucas Cordeiro é médico ortopedista e traumatologista especialista em Joelho.

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