As fraturas no joelho são lesões que podem comprometer seriamente a mobilidade, exigindo um tratamento cuidadoso e direcionado.
Entre as opções de tratamento, a imobilização e a cirurgia são abordagens comuns.
Porém, a escolha entre elas depende de fatores como o tipo de fratura, o grau de deslocamento ósseo e a condição do paciente.
Entenda melhor neste artigo!
O que é e quais são os tipos de fratura no joelho?
As fraturas no joelho são lesões que afetam os ossos dessa articulação.
Elas variam em tipos e gravidade e podem comprometer o movimento, dependendo da localização e extensão da fratura.
Entre os tipos de fratura no joelho, destacamos:
Fratura da patela
Ocorre no osso que cobre a frente do joelho.
Pode ser uma fratura simples, em que o osso se quebra em duas partes, ou uma fratura cominutiva, em que o osso se fragmenta em várias partes menores.
Fratura do fêmur distal
Afeta a extremidade inferior do fêmur, que forma a parte superior da articulação do joelho.
Essa fratura pode comprometer o alinhamento da articulação, tornando o joelho instável.
Fratura da tíbia proximal
Ocorre na parte superior da tíbia, que forma a base da articulação do joelho.
Essas fraturas podem danificar a cartilagem e resultar em artrite se não tratadas corretamente.
Fratura osteocondral
Afeta tanto o osso quanto a cartilagem.
Comum em lesões esportivas, pode ocorrer em qualquer parte da articulação do joelho e levar à perda da função articular.
Fratura por estresse
Pequenas rachaduras que se formam no osso devido ao uso repetitivo ou excesso de carga, mais comum em atletas.
Quais são as causas da fratura no joelho?
As fraturas no joelho podem ter várias causas, como por exemplo:
- Traumas diretos: golpes diretos no joelho, como traumas de alta energia ou acidentes de trânsito, são uma causa comum;
- Quedas em altura elevada: em atividades como escalada ou até mesmo quedas acidentais, a pressão exercida no impacto pode causar fraturas no joelho;
- Atividades esportivas de contato: praticantes de esportes, como futebol ou basquete, são mais suscetíveis a fraturas no joelho devido à alta intensidade de impacto e colisões;
- Osteoporose: a osteoporose e outras doenças que comprometem a densidade óssea tornam os ossos mais frágeis, aumentando a probabilidade de fraturas;
- Sobrepeso: a carga extra nos ossos e articulações do joelho, devido ao excesso de peso, aumenta o risco de fraturas por estresse e contribui para uma maior fragilidade da articulação;
- Lesões repetitivas: em atividades que envolvem movimentos repetitivos de flexão e extensão do joelho, pode ocorrer microfraturas de estresse que, se não tratadas, podem evoluir para fraturas maiores;
Quais são os sintomas dessa condição?
Os sintomas de uma fratura no joelho geralmente incluem:
- Dor no joelho: a dor é um dos primeiros sinais e geralmente é localizada no ponto da fratura;
- Inchaço: a área do joelho incha após a lesão por causa da inflamação e acúmulo de fluidos na articulação;
- Deformidade visível: em fraturas mais graves, pode haver uma deformidade perceptível no joelho;
- Hematomas: após a fratura, pode surgir um hematoma ao redor do joelho devido ao rompimento de vasos sanguíneos e tambem devido ao acúmulo de sangue na articulação;
- Incapacidade de articular o joelho: lesões graves podem impedir a pessoa de dobrar ou estender o joelho;
- Instabilidade: algumas pessoas relatam que o joelho parece “solto” ou instável;
Como realizamos o diagnóstico da fratura no joelho?
O diagnóstico de uma fratura no joelho começa com um exame clínico, onde avaliamos sintomas como dor, inchaço e mobilidade da articulação.
Também podemos solicitar ao paciente que tente movimentar o joelho para verificar a amplitude de movimento e possíveis lesões ligamentares associadas.
Então, após a avaliação clínica, o próximo passo é realizar um exame de raio-X, que é o padrão para detectar fraturas ósseas.
O raio-X revela a localização exata e a extensão da fratura.
Em casos mais complexos, especialmente quando a fratura apresenta muitos fragmentos ou envolve a articulação, podemos solicitar a tomografia computadorizada.
Esse exame fornece uma visão detalhada em 3D, essencial para casos que exigem intervenção cirúrgica.
Já a ressonância magnética é utilizada, principalmente, quando há suspeita de lesões nos tecidos moles, como ligamentos e meniscos, que podem ter sido danificados junto com a fratura.
Imobilização ou cirurgia? Quais são as melhores opções de tratamento?
Em fraturas mais simples e estáveis, sem grande deslocamento dos fragmentos ósseos, a imobilização é uma opção eficaz.
Podemos estabilizar o joelho com gesso ou com uma órtese para manter os ossos alinhados durante a cicatrização.
O tempo de imobilização costuma variar entre 4 a 8 semanas, dependendo da gravidade da fratura e da orientação médica.
Entretanto, para fraturas mais complexas, costumamos indicar a cirurgia.
Os procedimentos cirúrgicos variam, mas geralmente envolvem a fixação dos fragmentos com placas, parafusos ou hastes metálicas para assegurar que os ossos permaneçam estáveis durante a recuperação.
Em casos raríssimos, pode ser necessário recorrermos a uma prótese no joelho.
Além da imobilização e cirurgia, opções complementares podem ser recomendadas para ajudar na recuperação.
Nesse sentido, a fisioterapia contribui para restaurar a amplitude de movimento, fortalecer a musculatura ao redor do joelho e melhorar a estabilidade articular.
Seguir as orientações do ortopedista e do fisioterapeuta é essencial para garantir uma recuperação completa e segura.
Ressaltamos que cada caso é avaliado individualmente, considerando o resultado dos exames e o estado de saúde do paciente.
Portanto, caso você experimente sintomas relacionados a uma fratura no joelho, agende uma consulta com o ortopedista especializado em joelho imediatamente e evite complicações!